segunda-feira, 8 de agosto de 2016

"O que é a ansiedade?"


Fizemos esta pergunta a várias pessoas da nossa faixa etária. Queríamos saber as suas respostas. Queríamos ter uma ideia do que é para os outros – rapazes e raparigas, mais ou menos jovens, com diferentes profissões, de diferentes cidades – a ansiedade.

Ansiedade é uma palavra muito usada, nos dias de hoje. Não é de estranhar, parece-nos. Tantos são os fatores – internos e externos – que podem potenciar a ansiedade nas pessoas. Tantos são os graus e as formas que a ansiedade pode assumir.

Para nós, que vivemos períodos lixados – perdoem-me a expressão – despoletados pela ansiedade, achámos importante ter outras definições, outras ideias, outras percepções, vindas de fora.

Aqui ficam, então, algumas das frases que recebemos:

  • A ansiedade surge quando nos apercebemos (a nível consciente ou inconsciente) que não conseguimos controlar algo.” (L, 25 anos) 
  • “A ansiedade é a perda de autocontrole ao tentar controlar aquilo cujo controlo não está ao nosso alcance.” (A., 25 anos)
  • “Ansiedade, para mim, é como um peso interior que torce o meu corpo inteiro e tenta tramar a minha mente. É uma luta constante no meu dia a dia.” (C., 25 anos)
  • “Ansiedade é a ideia de querer fazer algo, mas ter medo das consequências” (B., 36 anos)
  • “Ansiedade é vivermos com um medo constante do futuro. Quer seja nas pequenas ou nas grandes coisas.” (L., 25 anos)
  • “Ansiedade é viver com medo. Medo de tudo e medo de nada. É trazer constantemente o coração nas mãos como se o (nosso) mundo pudesse desabar a qualquer momento.” (M., 31 anos)
  • “Ansiedade é ter que ir trabalhar mas não poder sair de casa por medo de falhar e ficar ainda mais irritada por depois não ir trabalhar no final e saber que se fez porcaria.” (S., 25 anos)
  • Ansiedade é quando o nosso corpo nos começa a dar sinais: aceleramento do batimento cardíaco, tremores, suores. O nosso corpo comunica connosco, basta estarmos atentos a ele e identificarmos que é nada mais do que... ansiedade.” (C., 26 anos)

O que retirámos daqui? Que a ansiedade está verdadeiramente associada ao medo. Ansiedade é medo. Ansiedade gera medo.
Mais: ansiedade e controlo. Não conseguir controlar. Perder o controlo. Ter medo – sempre o medo – de não conseguirmos controlar tudo aquilo que queremos.
A ansiedade pode, de facto, ser limitativa. Mas também pode ser saudável – depende, depende sempre da forma como a conseguimos gerir. E das dimensões que ocupa na nossa vida. Em nós.

Quanto a nós, identificámo-nos, tal e qual, com tudo o que foi dito. Medo, controle, sintomas físicos, limitação do dia a dia: as ideias chave destas frases foram parte do nosso dia a dia.

Obrigada a todos, pelas frases e pelas opiniões sinceras!

Rita e Teresa

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