Fizemos
esta pergunta a várias pessoas da nossa faixa etária. Queríamos saber as suas
respostas. Queríamos ter uma ideia do que é para os outros – rapazes e
raparigas, mais ou menos jovens, com diferentes profissões, de diferentes
cidades – a ansiedade.
Ansiedade
é uma palavra muito usada, nos dias de hoje. Não é de estranhar, parece-nos.
Tantos são os fatores – internos e externos – que podem potenciar a ansiedade
nas pessoas. Tantos são os graus e as formas que a ansiedade pode assumir.
Para
nós, que vivemos períodos lixados – perdoem-me a expressão – despoletados pela
ansiedade, achámos importante ter outras definições, outras ideias, outras percepções,
vindas de fora.
Aqui
ficam, então, algumas das frases que recebemos:
- “A ansiedade surge quando nos apercebemos (a nível consciente ou inconsciente) que não conseguimos controlar algo.” (L, 25 anos)
- “A ansiedade é a perda de autocontrole ao tentar controlar aquilo cujo controlo não está ao nosso alcance.” (A., 25 anos)
- “Ansiedade, para mim, é como um peso interior que torce o meu corpo inteiro e tenta tramar a minha mente. É uma luta constante no meu dia a dia.” (C., 25 anos)
- “Ansiedade é a ideia de querer fazer algo, mas ter medo das consequências” (B., 36 anos)
- “Ansiedade é vivermos com um medo constante do futuro. Quer seja nas pequenas ou nas grandes coisas.” (L., 25 anos)
- “Ansiedade é viver com medo. Medo de tudo e medo de nada. É trazer constantemente o coração nas mãos como se o (nosso) mundo pudesse desabar a qualquer momento.” (M., 31 anos)
- “Ansiedade é ter que ir trabalhar mas não poder sair de casa por medo de falhar e ficar ainda mais irritada por depois não ir trabalhar no final e saber que se fez porcaria.” (S., 25 anos)
- “Ansiedade é quando o nosso corpo nos começa a dar sinais: aceleramento do batimento cardíaco, tremores, suores. O nosso corpo comunica connosco, basta estarmos atentos a ele e identificarmos que é nada mais do que... ansiedade.” (C., 26 anos)
O que retirámos daqui? Que a ansiedade está verdadeiramente
associada ao medo. Ansiedade é medo. Ansiedade gera medo.
Mais: ansiedade e controlo. Não conseguir controlar. Perder
o controlo. Ter medo – sempre o medo – de não conseguirmos controlar tudo
aquilo que queremos.
A ansiedade pode, de facto, ser limitativa. Mas também pode
ser saudável – depende, depende sempre da forma como a conseguimos gerir. E das
dimensões que ocupa na nossa vida. Em nós.
Quanto a nós, identificámo-nos, tal e qual, com tudo o que
foi dito. Medo, controle, sintomas físicos, limitação do dia a dia: as ideias
chave destas frases foram parte do nosso dia a dia.
Obrigada a todos, pelas frases e pelas opiniões sinceras!
Rita e Teresa
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